Principal

O Instituto

Hipnose e Terapia

Milton H. Erickson

Aplicações Clínicas

Artigos e Vídeos

Agenda

Links

Fale Conosco

> Hipnose e Terapia

Hipnose e Terapia

Image courtesy of Ambro at
FreeDigitalPhotos.net
Milton H. Erickson descreveu o transe hipnótico como um estado de sugestibilidade intensificado artificialmente e semelhante ao sono, no qual parece haver uma dissociação normal dos elementos conscientes e inconscientes da psique.

Lembrando a relação entre a hipnose com a psicoterapia, Erickson afirmou que "o transe é um período durante o qual as limitações que uma pessoa tem, no que diz respeito à sua estrutura comum de referência e crenças, ficam, temporariamente, alteradas, de modo que o paciente se torna receptivo aos padrões, às associações e aos moldes de funcionamento que conduzem à solução de problemas".

Para a maioria dos membros do Instituto Milton H. Erickson do Espírito Santo o transe hipnótico é um estado emocional especial no qual a pessoa fica mais receptiva aos estímulos que desencadeiam processos saudáveis de mudança.


Fenômenos hipnóticos do dia-a-dia

Um grande argumento da idéia do transe hipnótico como experiência naturalística e comum a todas as pessoas é a ocorrência dos chamados fenômenos hipnóticos do dia a dia. São fatos e circunstâncias que acontecem à parte da situação específica de indução hipnótica, mas que em nada se diferenciam da experiência vivenciada a partir do trabalho técnico de um hipnólogo.

Nota-se, por exemplo, o fenômeno hipnótico da regressão de idade (sentimento de reviver por sentimentos, imagens, etc.) em pessoas que experimentam situações como ser criticadas, participando de uma diversão engraçada e infantil, estar junto aos pais ou examinar álbuns de fotografia.

A progressão de idade, outro fenômeno hipnótico, pode ser vivenciada no planejamento das férias, numa visita a berçários ou em aniversários.

A amnésia ocorre comumente: quando esquecemos algo e dizemos que está "na ponta da língua", na inabilidade de se encontrar objetos pessoais, nas apresentações sociais (esquece-se nomes), quando se procura algo e de repente se esquece o que, etc.

O contrário, a hipermnésia, também é comum no dia a dia: pode-se recordar de repente a sensação vívida de se estar apaixonado, ou a lembrança em detalhes, tipo câmera lenta, de um acidente ou episódio.

Também são comuns as "fugas" da atenção consciente, quando se assiste televisão ou cinema, ou mesmo durante o ato de dirigir e até mesmo durante um caminhar.


Os mitos e as dúvidas

A expressão de poderosos recursos normalmente inconscientes possibilitada pela indução hipnótica, juntamente com sua exploração durante muitas décadas (e de certa forma ainda hoje) como técnica de exibição pública, criou no imaginário popular idéias desprovidas de rigor.

Conceitos equivocados, crenças desvirtuadas e vinculações mal engendradas da hipnose com práticas de fundamentos diversos, ainda permanecem em destaque. Listamos a seguir alguns dos mitos e das dúvidas mais comuns.

O poder especial do hipnotizador
Idéia provavelmente oriunda dos tempos em que Mesmer vinculou o transe hipnótico àquilo que chamou de magnetismo animal. Por muito tempo (e de certa forma ainda hoje) a prática da chamada "hipnose de palco" buscou vincular a indução com o poder pessoal especial dos demonstradores. Sendo a hipnose um fenômeno natural, está ligada àquilo que acontece com o hipnotizado, e não com um suposto poder do hipnotizador.

Quem pode ser hipnotizado?
Como fenômeno cotidiano e natural, o transe acontece em todas as pessoas. O transe induzido, no entanto, encontra resistência em uma parcela das pessoas. De acordo com os critérios que se adotam para avaliar um estado hipnótico, este percentual estaria situado entre 50% e 99% da população. De toda forma, é consenso que algumas pessoas são refratárias (aparentemente não-hipnotizáveis) a alguns hipnotizadores ou a alguns métodos de indução.

O sono e a hipnose
O transe da hipnose não é um estado de sono, apesar da aparência sob o ponto de vista físico. Mentalmente a pessoa está, de forma especial, alerta e concentrada.

Hipnose e relaxamento
As técnicas de indução mais praticadas se baseiam no relaxamento corporal, mas o transe pode ser conseguido através de outras formas, principalmente com métodos ericksonianos indiretos.

Hipnose e terapia
Hipnose não é terapia, mas apenas um instrumento para se atingir estado emocional de disponibilidade adequada para a reflexão terapêutica. Mesmo assim, há autores que defendam a idéia de que o estado de relaxamento e até mesmo a auto-hipnose são benéficos terapeuticamente por si mesmos.

Perigos da hipnose
Por se utilizar de técnicas que expõem recursos inconscientes poderosos, a hipnose exige formação, preparo e habilitação reconhecidos por instituições formais legitimadas que cuidam da pesquisa e da difusão desta matéria, como por demais assim o exigem outros campos das ciências humanas.

Comando do hipnotizador sobre o hipnotizado
Tema polêmico, que tem defesas para pontos contraditórios. Há pesquisadores que alegam terem comprovado que através de sugestões pós-hipnóticas pode-se induzir atos que uma pessoa, a partir de seus hábitos e valores naturais, não cometeria. Outros defendem o absolutismo de uma intenção positiva do inconsciente que invalidaria sugestões que trazem embutidos riscos ao próprio hipnotizado ou a outras pessoas. A instância mais profunda da mente, no contexto ericksoniano chamada também de mente inconsciente, protege a pessoa de tudo aquilo que ele não deseja fazer. O sujeito hipnótico pode ou não acatar aquilo que está ouvindo durante um transe.

Não "retornar" de um transe
É comum algumas pessoas não retornarem imediatamente ao estado natural de vigília no final de um transe, quando assim são solicitadas. Podem demorar algum tempo e, em alguns casos, é necessária uma sugestão para que transformem o transe em sono fisiológico, depois do qual acordam naturalmente.

A regressão de idade existe?
A transposição dos limites do tempo e do espaço é uma das muitas características fenomenológicas do transe hipnótico. Isto permite, quando se leva também em conta a hipermnésia, que se revivifique de maneira intensa fatos já ocorridos e que normalmente não seriam lembrados. No entanto, torna-se importante destacar a pesquisa transderivacional como um dos pilares da dinâmica funcional da mente (lacunas no raciocínio lógico ou na lembrança passada são sempre preenchidas por conteúdos coerentes com a estrutura da personalidade do indivíduo). Assim sendo, abre-se a possibilidade de interpretar-se descrições de períodos anteriores da vida como "invenções" ou "fantasias" (sem o conteúdo de má fé) da pessoa hipnotizada. Para quem prefere não acreditar na "reencarnação", essa pode ser uma alternativa para explicar as chamadas "regressões a vidas passadas". As questões de crenças religiosas não cabem dentro do escopo da discussão do nosso Instituto. A regressão hipnótica pode tanto trazer fatos verídicos (verificáveis por outras fontes, como tendo ocorrido "de fato") como fatos "fantasiosos" (que certamente não ocorreram no passado daquele indivíduo), portanto as informações fornecidas durante um transe hipnótico devem conter um peso apenas parcial em sua correlação com os fatos verdadeiros.


© 2013 - Instituto Milton H. Erickson do Espírito Santo.
Todos os direitos reservados.
www.institutomiltonerickson-es.com
Rua Santa Rita de Cássia, 129, Bairro de Lourdes
Vitória (ES) - CEP 29042-753
Tel/Fax: (27) 3323-1617